Sobre o Coletivo...
- Coletivo de Angoleiras Teresa de Benguela
- Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
- O Coletivo de Angoleiras Teresa de Benguela é um espaço de diálogo proposto por angoleiras de diferentes grupos de capoeira angola que atuam na cidade de Porto Alegre/RS (Brasil) para discutir relações de gênero na capoeira e levar essa discussão a diferentes públicos. Tem por objetivo, também, fortalecer as práticas capoeirísticas e iniciativas das angoleiras através da união de esforços e troca de experiências. Nas nossas reuniões procuramos vivenciar juntas a capoeira cantando, tocando, treinando e conversando para que essa troca aconteça efetivamente. Desta forma, acreditamos que poderemos firmar este movimento FEMINISTA de angoleiras e promover uma cultura de paz e igualdade nas relações de gênero dentro da capoeira.
Como esse Quilombo se formou
Como o Quilombo de Quariterê, comandado pela nossa inspiradora Teresa de Benguela, o Coletivo de Angoleiras é um espaço para o convívio em igualdade, o respeito à diferença e a resistência e combate a formas de discriminação e exclusão, com independência e autonomia para escolher os nossos caminhos e decidir as nossas ações.
Sejam bem-vind@s!!
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Mais sobre as atividades da Campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres:
Dia 25 de novembro, domingo, o Coletivo realizará na Redenção uma Roda de Capoeira Angola, uma "Roda sem violências". Apareçam!!! Começaremos às 11h, após as atividades de divulgação da campanha pela Coordenadoria Estadual da Mulher.
Dia 02 de dezembro, domingo também, celebraremos o II FÓRUM ESTADUAL DE GÊNERO NA CAPOEIRA DO RS, com falas sobre o papel da mulher nos quilombos, cultura e violência de gênero, o lugar das mulheres na economia, e relatos individuais de experiências de relações de gênero na capoeira. Haverá espaço para intervenções do público presente e avaliação das atividades desenvolvidas. Tudo isso, com a intenção de divulgar e construírmos junt@s conhecimento que nos permita enxergar, na nossa prática de capoeira, diferentes questões relacionadas com relações de gênero e violência de gênero. As atividades começam de manhã, com inscrições às 9h, e vão até 19h. Local: Sindicato dos Bancários (centro de Porto Alegre).
Sobre outras atividades e mais informações, contate através do nosso e-mail: teresadebenguela@gmail.com
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Campanha dos 16 dias
Já temos um cronograma de atividades, que inclui oficinas descentralizadas, rodas de rua e o II Fórum de Gênero na Capoeira do RS.
Se quiser receber o cronograma, entre em contato através do e-mail: teresadebenguela@gmail.com
Venha participar dessa construção, que é para a capoeira e @s capoeirist@s!!
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Como a questão de gênero é vista na capoeira?
Isto se confirma, ainda que indiretamente, por Watutsi durante a entrevista coletiva em Berlim. O mestre de Hamburgo citou o exemplo de uma capoeirista de nome Maria Homem, que conheceu quando criança. "Ela dava um nó na saia e jogava capoeira nas rodas, mas apenas dois mestres aceitavam jogar com ela", e admitiu, "aqui na Europa há muitas mulheres interessadas e eu também tive que aprender a lidar com isso".
Há aqueles que vêem o preconceito de gênero na capoeira com naturalidade, apontando as diferentes condições físicas como motivo para um tratamento diversificado. "Homem é homem, mulher é mulher", disse Saulo, "como eu vou dar uma rasteira numa menina? Meu coração não permite". "Acho que é normal porque sou feminina e tenho um outro condicionamento físico”, disse a capoeirista Genilda Gomes. E há também aqueles que falam em igualdade: “Meu mestre sempre nos dizia que na roda de capoeira é como no candomblé: lá fora existe uma sociedade, aqui dentro existe outra. Caiu, vai ter que cair também. Cair e levantar”, diz Sandra Bello.
Na opinião de Léo Gonçalves, "a mulher está conquistando o seu espaço na capoeira, mas tem que lutar muito mais do que o homem". Lutar sobretudo para que os homens (brasileiros) compreendam que, no século XXI, a mulher também pode fazer e ensinar capoeira.
Adaptado de:
BRAZINE - 15/10/2004
http://brazine.de/artikel_druck.asp?rubrik=kultur&artikel=%7BB1E3C748-9DE2-4185-B700-ADDC811325C8%7D
domingo, 30 de setembro de 2007
I Aniversário do Coletivo de Angoleiras Teresa de Benguela
Queremos comemorar o
I Aniversário do Coletivo de Angoleiras Teresa de Benguela
QUANDO? 05/10/07 (sexta-feira)
ONDE? Cooperativa do Corpo
(Rua General Câmara 52 – 4º Andar – Centro/POA)
18h 30min: Abertura
Falas d@s parceir@s
21h: Encerramento com Coquetel
Participação das integrantes do Coletivo em outros eventos
* As integrantes Alessandra Carvalho e Renata Gomes Loureiro fizeram parte da organização do Evento "Adão, Adão... Cadê Salomé Adão? Um Olhar sobre as Relações de Gênero na Capoeira”, de 5 a 9 de março de 2007, que teve lugar no espaço do Áfricanamente Escola de Capoeira Angola. Mariola López, por sua vez, foi participante do evento e convidada como debatedora na atividade do dia de abertura. Fotos e relatos do evento em: http://africanamenteescoladecapoeiraangola.blogspot.com/2007/03/1-dia-ado-ado-cad-salom-ado.html
As nossas primeiras ações públicas
* Em setembro de 2006, apresentamos o projeto "Movimento Feminino de Capoeira Angola" para o concurso nacional Capoeira Viva.
As atividades desenvolvidas foram:
- 01/12/06: Berimbalada no Largo Glênio Peres (Porto Alegre, RS)
- 02/12/07: I Fórum de Gênero na Capoeira do RS
Local: Casa de Cultura Mário Quintana.
Cronograma:
14h – Fórum
16h – Experimentação da Prática de Capoeira para Mulheres (movimento, canto e toque de instrumento).
Teresa de Benguela
O Quilombo do Quariterê em Cuiabá ficava próximo à fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Sob a liderança da Rainha Teresa, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770.
A Rainha Teresa comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas. Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em instrumento de trabalho, visto que dominavam o uso da forja.
O Quilombo do Quariterê, além do parlamento e de um conselheiro para a rainha, desenvolvia agricultura de algodão e possuia teares onde se fabricavam tecidos que eram comercializados fora dos quilombos, como também os alimentos excedentes.
Fonte: Casa de Cultura da Mulher Negra http://www.casadeculturadamulhernegra.org.br/quem_somos_frameset.htm